Já imaginou adotar um estilo de vida à moda antiga? Um casal residente da Flórida, nos Estados Unidos, decidiu evitar os supermercados ao máximo se alimentando de vegetais, cogumelos em florestas e até animais atropelados.
Em entrevista ao Metro, Eric Joseph Lewis, de 41 anos de idade, e Jess Russell, de 26 anos de idade, contaram que passaram a preparar as refeições com “comidas naturais”, como cogumelos selvagens, abacates, morangos e outras frutas e vegetais de cultivo próprio.
Para obter proteínas, o casal depende da caça e prepara armadilhas para javalis e iguanas, além de receber ovos de amigos que criam galinhas. Eric e Jess também vivem da pesca de espécies de peixes invasoras, como peixe-gato.
ALIMENTAÇÃO
Além disso, o casal se alimenta de animais atropelados em estradas, como veados, gambás, marmotas, esquilos, perus-selvagens e patos.
Para o jornal, Eric afirmou se certificar de aproveitar cada parte dos veados atropelados. Alguma das utilidades são o preparo de caldo de ossos, a retirada do couro e ossos para a cadela de estimação, Leela.
“Se você conseguir superar o medo e o desconforto de isso ser um animal morto, você pode reconhecer que foi uma vida vivida em liberdade e respeitá-la. Nada precisou morrer por isso”, destacou.
DIETA DA TERRA
Uma refeição típica para o casal consistiria em cebola cultivada em casa, batata-doce e chaiote, cobertos com cogumelos selvagens colhidos e guarnecidos com urtigas.
Além disso, Eric e Jess também frequentemente preparam smoothies com frutas silvestres e pesto de urtigas.
ECONOMIA
Em supermercados, o casal gasta cerca de 50 dólares (aproximadamente R$ 244,97) para comprar lentilhas, arroz, kombucha, iogurte de coco, bebidas e alguma guloseima ocasionalmente.
“Nós pegamos bebidas, doces e guloseimas, se comprássemos apenas o que precisamos, seriam 20 dólares (cerca de R$ 97,98)”, disse Eric.
Além disso, Jess e Eric frequentemente compartilham sugestões sobre como adquirir sal de fontes naturais sem custo, e estabeleceram um grupo no qual instruem assinantes sobre a coleta de cogumelos comestíveis e outras estratégias para uma “existência saudável”.
COMO COMER BEM
Os métodos alimentares tradicionais que eram seguidos nas épocas passadas estão sendo substituídos por novos padrões de alimentação. Com uma orientação mais abrangente e o temor de que os filhos enfrentem a obesidade no futuro, mães estão gradualmente deixando para trás a antiga ideia de que comer saudavelmente significa comer em grande quantidade.
“Os avós e bisavós vieram de uma escassez alimentar muito grande. Naquela época o excesso de peso era sinal de que a pessoa era mais abastada. Hoje não devemos forçar mais uma colherada. No primeiro sinal de satisfação a alimentação deve ser prontamente retirada”, orienta o pediatra, Valentim Sipolatti.
A alimentação de crianças até os dois anos é fonte constante de dúvidas para muitas mães.
Afinal, palpiteiros surgem de toda parte querendo dar dicas de como as mães devem alimentar seus filhos. A tarefa de escolher esse menu sabiamente pode parecer difícil, entretanto, para o experiente pediatra, é mais fácil do que se imagina.
“É muito simples, quanto mais natural a alimentação melhor. Prefira os alimentos do jeito que eles vêm da natureza, sem açúcares, conservantes e outros produtos químicos adicionados aos alimentos”.
O primeiro ponto é o valor do leite materno, o melhor alimento que uma criança pode ter, e que deve ser exclusivo até o sexto mês.
“Depois dos seis meses de vida o bebê começa a ter contato com alimentos sólidos. O leite materno pode continuar a ser utilizado até os três anos. A partir do sexto mês começa a introdução de novos alimentos. Nessa fase esteja atento para ter uma alimentação que comece sem muitas deficiências. Inicie a alimentação deixando a criança à vontade, assim ela começa a ingerir o que é colocado à disposição”, detalha o pediatra.
Deve-se iniciar com frutos, legumes de todas as cores, folhas verde-escuro. Inclua ainda uma boa fonte proteica como a gema do ovo. Gradualmente vai sendo aumentada a qualidade e a consistência dos alimentos sólidos. Com um ano, a criança provavelmente receberá a alimentação da família.
Dê preferência aos alimentos frescos e nunca troque as frutas por sucos. Em vez de comprar um suco de laranja, dê à criança a própria fruta.
“Quando a mãe faz o suco, as calorias que a criança consome são maiores. Para conseguir 100 ml de suco são necessárias várias laranjas, e acaba ainda sendo adicionado o açúcar. Ao dar a própria fruta, ela aumenta o consumo de fibras e a digestibilidade. É o alimento como alimento de verdade”, explica o médico.
Sipolatti acrescenta que muitos problemas dermatológicos são causados por consumo de produtos industrializados.
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